segunda-feira, 14 de março de 2011

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2011


A campanha da fraternidade em todos os anos propõe a evangelização voltada para a conversão pessoal e comunitária, visando preparar toda a humanidade para a Páscoa. O principal objetivo desta campanha é desenvolver a missão que Jesus Cristo nos deixou, a de evangelizar. Isso envolve a renovação pessoal do cristão em busca da solidariedade verdadeira e do bem comum e, mais ainda, a renovação da consciência da responsabilidade de todos no que se refere à construção de uma humanidade mais justa e solidária. Neste ano, somos chamados a refletir sobre o meio ambiente e as causas e consequências de tudo o que tem ocorrido no planeta através do tema “Fraternidade e Vida no Planeta”. Que esta quaresma nos inspire novas atitudes e que o espirito Santo de Deus possa nos fortalecer para que sejamos sinceros e autênticos filhos de Deus. Que possamos nos lembrar, acima de tudo, que o pecado advém da decisão humana. É tempo de conversão profunda que mude atitudes e costumes. É tempo de oração. É tempo de entusiasmo e boa vontade. É tempo de produção de efeitos positivos. É tempo de enfrentar com Jesus as grandes tentações que são colocadas diante de nós dia a dia. Se cada um fizer a sua parte certamente poderemos experimentar um futuro melhor. Para os cristãos e para todos que tenham boa vontade, que a reflexão realizada neste período sirva para alertar e evidenciar a influência das nossas ações tanto no sentido de ajudar a salvar o planeta quanto de prejudicar. Quem sabe, mudando de atitude, os gemidos de dor possam ser transformados em gemidos de amor e de esperança.

sexta-feira, 4 de março de 2011

QUE OUTRAS COISAS PRECISAMOS APRENDER?


Tenho a ousadia de iniciar esse texto dizendo que a decisão mais importante que temos para tomar na vida é a de aprender, mas... APRENDER O QUÊ?


Desde que nascemos muito é esperado de nós por nossa família que é o primeiro grupo social com o qual fixamos contato. À medida que esse contato vai se expandindo, ainda crianças, somos condicionados a entender que a sociedade espera de nós aquilo que deveríamos ser de acordo com padrões preestabelecidos. Desde muito cedo nos ensinam que na vida existem coisas que “podemos fazer” e coisas que “devemos fazer”. O que queremos, é uma outra história! Assim, todos nós sofremos a mesma pressão para entrar nos moldes sociais, o que nos leva automaticamente a uma submissão. Dessa forma, nos colocamos numa posição aparentemente muito confortável, porque a mesma sociedade que nos força a seguir esses padrões, é a que nos protege e nos faz sentir como parte de um todo estruturado e em perfeito funcionamento. Daí vem a dependência do social e do que ele impõe, que gera um grande conforto. O conforto de simplesmente pertencer a um grupo e de ser aceito por ele. É por isso que quando refletimos sobre a nossa vida, e o grupo social com o qual estabelecemos convívio, não encontramos contradição alguma na relação submissão/libertação. Embora, na maioria das vezes, seja fundamental se libertar. Como é difícil! Ter que refletir sobre até que ponto as escolhas que fazemos para as nossas vidas e as pessoas com as quais escolhemos conviver são positivas ou negativas, mexe muito conosco e nos faz alterar a nossa posição em relação ao que esperam de nós. Esta é a razão pela qual deixamos de ter domínio sobre a nossa própria vida e, quase sempre, nos deixamos influenciar e vamos nos conformando, mesmo sem entender nada. Nesse contexto, muitos creem que se o que se vive não é muito bom, vai passar e tudo se resolverá um dia. Outros acreditam que não passam de coisas que acontecem na vida. E assim, uns adoram o que vivem, outros detestam. Uns sem crítica, outros sem visão. Mas todos vivendo das mais variadas formas: tensos, estressados, alegres, tristes, angustiados, otimistas, fracassados... as reações são particulares, inexplicáveis e surpreendentes. O tempo não para, e somos convidados a mudar. Para uns, o convite a mudança funciona como estímulo, para outros funciona como provocação. Há aqueles que preferem se mobilizar diante do convite. O que eu quero dizer com tudo isso é que existem duas verdades que quando aprendidas e colocadas em prática, tornam a vida muito melhor e muito mais interessante. Essas verdades não costumam fazer parte dos moldes predeterminados, portanto, nem sempre somos levados a aprendê-las ou, quando somos, não nos disponibilizamos o quanto deveríamos. A primeira verdade diz respeito às situações difíceis (quando encaradas como oportunidades únicas para crescer com maturidade). A segunda verdade se refere a semear sonhos para colher esperanças. Todas as pessoas estão sujeitas a passar por crises das mais diversas ordens. Seja financeira, emocional, de relacionamento, em família... O que precisamos entender bem é que as situações difíceis não avisam quando vão ocorrer e que elas podem envolver grandes perigos assim como grandes oportunidades. Tudo vai depender do ponto de vista! É inegável que quando ocorrem geram instabilidade, medo, insegurança, mas nunca devemos esquecer o mais importante: o crescimento pessoal que elas nos proporcionam. Aproveite e reflita: "Qual tem sido a sua atitude diante das situações difíceis?" Muitas pessoas fogem através do isolamento, da amargura, dos vícios, dos prazeres e, com isso, desperdiçam a valiosa oportunidade de crescer. Existem pessoas que escolhem suportar, sem tirar qualquer proveito da situação, ou seja, resistem com as próprias forças e acabam esgotadas, sem ânimo e sem alegria de viver. É como se elas suportassem os problemas sem crer que há solução para eles. E existem também as pessoas que aproveitam as crises para aprender, enfrentam tudo com a força que vem de Deus e tiram todo o proveito das adversidades. Falando da outra verdade, é essencial entendermos que os sonhos tem o poder de nos manter vivos de verdade. Não seria difícil perceber que muitos por aí andam mortos e sem atestado de óbito (sem morrer). As pessoas que possuem projetos, objetivos ou metas encaram os desafios da vida com mais vigor. Aproveite agora e pare pra pensar em qual tem sido o seu projeto de vida. Quais são seu planos e objetivos? Viver sem metas pode se transformar em sinônimo de medo, comodismo, autoimagem negativa de si mesmo ou uma cegueira situacional. Ter muitos anos de vida não significa ter maturidade. Precisamos ter visão espiritual. A visão é uma das coisas mais extraordinária que Deus nos deu. Quando desenvolvemos a habilidade de enxergar tudo sob a ótica D’Ele, diminuímos o nosso desespero, pois enxergamos os seus propósitos que sempre são perfeitos e agradáveis. Além disso, precisamos aprender a confiar em Deus. Este é o grande desafio, porque exige de nós espera. E como temos dificuldade em esperar! Esse talvez seja o verbo mais difícil de se viver. Sempre achamos que já esperamos demais e nos sentimos cansados, esgotados e sem forças, porque já nos cansamos de esperar por transformações que nunca ocorrem, de esperar por sonhos que nunca se realizam e por uma felicidade que nunca chega. Honestamente, é assim que a maior parte das pessoas se sentem neste momento. E é esta a oportunidade de voltar os olhos para Deus, pois é Ele que tem o poder de mudar a nossa história. Somente Ele pode transformar nossa tristeza em alegria, nosso choro em sorriso e tudo o mais que nem imaginamos. Deus realiza, mas o tempo D'Ele é outro.